Acorda! Acorda!

Uma certa vez estava passando por uma calçada, que por sinal estava em péssima conservação, entretanto em um certo momento deparo-me com um casal de pai e filho, estavam discutindo e como tive que parar próximo a fim de resolver algum problema por ali, não pude deixar de ouvi-los.

Na ocasião, a discussão era em torno da escolha da profissão do filho.

O pai quer que ele fosse um médico, como muitos do planeta tem em comum, como se só existisse esta profissão e que ela irá dar um mar de dinheiro, pura eloqüência. O filho quer ser arquiteto. O pai discutia com ele e em todos os instantes afirma seu ponto de defesa: que o filho não fosse arquiteto por ser uma profissão de gay enrustido, para não dar na cara que ele seria um decorador, iria fazer arquitetura. Que idiotice deste pai, enfim o papo foi longe e terminou, se é que teve fim em sua casa.

Há sempre aqueles pais em que pensam que nós somos cadernos de colorir, onde eles vêem somente preenchendo com suas cores preferidas.

Interessante é que esta frase não se enquadra somente nestes aspectos. Ela pode ser levada para qualquer canto e aplicada em muitos pontos.

Uma delas: você na certa já deve ter passado por isso, de uma outra pessoa se encarnar em você e ela querer que você se torne o deus dela, que você seja a perfeição que ela tanto esperou, que ela queira que amamos com a mesma intensidade em que esta nos ama, enfim estamos sendo coloridos, ao invés de nós colorir, esta quer colorir nossa vidas.

A grande verdade é algumas pessoas não se tocam e pensam que somos idiotas, burras e que vamos deixar ela conduzir a situação.

Ouuuu....... Acorda, não somos e nem seremos seu caderno de desenho!