Tempo


Na sexta feira pela tarde após um trabalho e tanto, assentei-me sob uma jabuticabeira, que na ocasião proporcionava uma sombra maravilhosa em meio aquele sol escaldante – que, diga-se por passagem, com o aquecimento global no planeta a temperatura no Brasil tem sofrido sérios problemas, como se já não bastasse o sofrimento por não termos estações definidas, agora é o sol (calor) imenso.

Confortável sobre um banquinho que por ali havia, ia olhando para as outras tantas árvores que a rodeia e me dando conta do quão agraciados somos por ter tais belezas raras que só a natureza sabe nos proporcionar, até que em um determinado momento parei e comecei a olhar para o relógio do meu pulso.

Foi nesse instante que tudo veio à minha mente, os questionamentos que sempre faço e, sobretudo aqueles do qual faço quanto não ter nascido na época em que ela nasceu.

Comecei a divagar minha mente na tentativa de achar respostas. Agora, lágrimas percorrem minha face.

Desespero!

Medo!

Dor!

Sofrimento!

São algumas das várias coisas que senti naquele momento. Não consigo entender o porquê do “tempo” não ser justo. Porque não podemos escolher de alguma forma a época que devemos nascer?

Os ponteiros não param de girar e vou, aqui, prosseguindo sem respostas. Apenas lamentando por não ter a idade certa, por ter nascido na época errada, pelo menos julgo até o exato momento, quem sabe amanha não muda tudo em minha cabeça. (risos)